Equipe

O Caif conta com uma equipe administrativa para processar o fluxo de atendimento e fornecer suporte às demandas setoriais. Efetiva documentações para liberação de exames e tratamentos e adquire materiais e instrumentais, conforme as necessidades das equipes.

Contatos para questões administrativas:

  • Telefone: 41 3212-9200 (segunda a sexta, das 8h às 17h)

A anestesiologia do Caif atua nos serviços de cirurgias craniofaciais, colaborando com as especialidades de: 

  • Fonoaudiologia - na sedação para os exames de Peate/Bera;
  • Cirurgia - nas anestesias das cirurgias de fissuras de lábio e palato até as mais complexas, como as reconstruções cranianas;
  • Pediatria - no auxilio e na avaliação clínica pré-operatória;
  • Enfermaria - no auxílio pós-operatório;
  • Com apoio da broncoscopia realiza procedimentos complexos de entubações.

O trabalho conjunto com os demais profissionais torna os procedimentos mais tranquilos e seguros para o paciente e seus familiares.

A cirurgia craniomaxilofacial é uma área de atuação médica que trabalha em conjunto com a neurocirurgia. Trata de deformidades complexas da face e crânio, como a craniossinostose (fechamento precoce das suturas do crânio), hiperteleorbitismo (aumento da distância entre os olhos), disgnatias (alterações da mordida dental, com hipo ou hiperdesenvolvimento de maxila e/ou mandíbula), alterações da articulação temporo-mandibular, além das fissuras de face (fissura labiopalatal e fissuras raras da face, como microssomia craniofacial, Síndrome de Treacher Collins, Nager, Pierre Robin, etc).

O atendimento no ambulatório do serviço ocorre nas sextas-feiras, no período da tarde com o objetivo de:

  • Avaliar o estado geral do adulto, verificando patologias associadas;
  • Encaminhar para atendimento especializado;
  • Orientar o adulto sobre 'hábitos de vida’ (atividades físicas, alimentação, medicamentos), assim como observar quanto aos vícios (tabagismo, etilismo);
  • Avaliar e liberar o adulto para o procedimento cirúrgico.

As cirurgias acontecem no Hospital do Trabalhador (HT) com todo o suporte hospitalar necessário.

O tratamento de pessoas com fissura labiopalatina pode iniciar antes mesmo do nascimento, por meio do acolhimento da mãe e família, assim como orientações pertinentes ao período gestacional. Após o nascimento, a criança é acolhida no serviço e a família recebe as orientações quanto aos cuidados com o bebê e alimentação, bem como, apoio psicológico.

As cirurgias de correção de lábio, podem ser realizadas a partir dos 3 meses de vida quando a criança já está mais desenvolvida e adaptada, iniciando-se pela queiloplastia (cirurgia do lábio). A palatoplastia completa (cirurgia do palato) pode ser realizada em torno de 12-18 meses de vida. Além disso, procedimentos cirúrgicos serão realizados: na arcada alveolar (gengiva) na troca dos dentes; no nariz (rinosseptoplastia), após o crescimento facial completo 14 - 16 anos.

O tratamento é, fundamentalmente, interdisciplinar. Como resultado desse tratamento é possível a reabilitação completa do paciente portador de fissura labiopalatina.

Ao clínico geral cabe:

  • Avaliar o estado geral do adulto, verificando patologias associadas;
  • Encaminhar para atendimento especializado;
  • Orientar o adulto sobre 'hábitos de vida’ (atividades físicas, alimentação, medicamentos), assim como observar quanto aos vícios (tabagismo, etilismo);
  • Avaliar e liberar o adulto para o procedimento cirúrgico.

A equipe de enfermagem do Caif procura trabalhar de forma holística acompanhando o paciente e sua família desde os primeiros atendimentos e agendamentos de cirurgias, até o final do seu tratamento. Ela é composta por enfermeira e técnicas de enfermagem, que se responsabilizam por:

  • Esclarecimentos sobre os procedimentos cirúrgicos: orientações pré, trans e pós-operatórias como: horário de jejum, período de internamento, rotinas do Hospital do Trabalhador e centro cirúrgico, higienização oral, dieta após a cirurgia e cuidados para pós-operatório mediato e tardio; 
  • Administração de medicações, retirada de pontos, curativos e inalações;
  • Auxílio no atendimento médico, facilitando a consulta ambulatorial;
  • Auxílio no exame de nasolaringoendoscopia, no qual realiza medicação tópica pré-exame;
  • Esclarecimentos de dúvidas aos pacientes e familiares.

O principal objetivo da equipe de enfermagem é o cuidado humanizado ao paciente e sua família. 


No Caif o trabalho fonoaudiológico é desenvolvido desde o recém-nato até a idade adulta, atuando em:

  • Orientação para alimentação: Esclarecimentos e informações a gestantes e familiares acerca da alimentação e da maneira de lidar com o bebê. Sendo priorizado o aleitamento materno, mas no caso de haver impossibilidade por questões anatomofuncionais indicamos a maneira mais adequada de alimentar a criança (uso de mamadeira/chuquinha ou indicação de via alternativa).
  • Acompanhamento das funções estomatognáticas: respiração, sucção, mastigação e deglutição. Adequando quando necessário tipo de consistência alimentar.
  • Avaliação da musculatura orofacial: Das estruturas fonoarticulatórias que consiste: lábios, língua, bochechas, palato duro e mole, arcada dentária, faringe e laringe nos aspectos anatomofuncionais. Realizando estimulação e adequação das funções estomatognáticas visando o bom desenvolvimento funcional.
  • Desenvolvimento da comunicação oral: Orientações aos pais quanto ao desenvolvimento global da criança, bem como os aspectos pertinentes à aquisição e ao desenvolvimento da linguagem. Adequar o padrão de fala dos pacientes, que podem apresentam diversos comprometimentos.
  • Desenvolvimento da linguagem escrita: avaliação das dificuldades e distúrbios de aprendizagem.
  • Avaliação da audição: Orientação aos pais quanto ao que é esperado para cada faixa etária conforme o desenvolvimento do comportamento auditivo. E acompanhamento periódico com a realização de exames.
  • Alterações da voz: avaliação e reabilitação dos aspectos relacionados à psicodinâmica vocal.
  • Orientações no pré e pós cirúrgico: Dependendo do tipo de cirurgia os responsáveis são orientados para realização de massagens e quanto aos cuidados e manejos na hora da alimentação.
  • Exames complementares: Com o objetivo de definição do diagnostico e da conduta para cada caso, são utilizados recursos clínicos e exames específicos.
  • Nasofaringolaringoscopia: exame que se avalia o fechamento velofaríngeo (composto pelo palato mole). Tal estrutura pode estar alterada anatômica e, ou, funcionalmente, o que resulta na sua inadequada função e acarreta distúrbios de fala e voz. Nesse exame avaliamos se a conduta mais efetiva para o caso é terapêutica ou cirúrgica. 

Avaliação auditiva em crianças, adultos e idosos ocorre por meio dos seguintes exames:
- Audiometria tonal liminar
- Logoaudiometria
- Audiometria comportamental
- Audiometria em campo livre
- Imitanciometria
- Emissões otoacústicas
- Peate.

Em meio aos defeitos congênitos, as anomalias craniofaciais constituem um grupo diverso e complexo.

Dentre elas, destacam-se: fissuras labiopalatais, fissuras palatais, craniossinostoses, holoprosencefalia, defeitos otomandibulares e de fechamento do tubo neural que afetam o pólo cefálico, além de quadros sindrômicos multissistêmicos. 

A fissura labiopalatal (FLP) é uma das malformações congênitas mais frequentes ocorrendo em cerca de 1 a cada 600 crianças nascidas vivas. Na grande maioria dos pacientes com FLP não existe outra alteração associada (FLP isolada). Entretanto, existem outras condições – em 7 a 15 % dos pacientes – nos quais a FLP é parte de uma alteração mais ampla – uma síndrome – que geralmente está associada a outras malformações e/ou atraso de desenvolvimento. 

Quando falamos em fissura palatal (FP), que ocorre em torno de 1 a cada 2000 crianças nascidas vivas, cerca de 30% está associada a outras malformações. Faz parte do papel do médico perceber os fatores físicos que possam estar correlacionando a FLP ou FP a uma síndrome. 

A grande prevalência de defeitos associados (em torno de 1 a cada 3 crianças) enfatiza a necessidade de um exame detalhado na criança com fissura oral (FO). Em um estudo de 1998, Croen e colaboradores avaliaram crianças nascidas vivas e óbitos fetais com FO e observaram que 26,2% dos pacientes com FLP e 51,7% dos casos de FP apresentavam outras alterações. Já em 2000, Stoll e colaboradores observaram que 29,2% dos indivíduos com FLP e 46,8% com FP apresentavam outras alterações. Em nosso serviço estima-se que cerca de 15% dos pacientes com FO apresentem outra malformação e/ou retardo de desenvolvimento (aproximadamente 10% dos pacientes com FLP e 35% dos pacientes com FP). 

As anomalias craniofaciais demandam assistência multiprofissional, integral e especializada, cujo custo é elevado.

O médico geneticista do Caif realiza a caracterização etiológica e nosológica das anomalias craniofaciais, fundamentais para o Aconselhamento Genético e a correta obtenção de dados epidemiológicos. O objetivo principal do Aconselhamento Genético é prover aos familiares e pacientes informações sobre o cuidado médico, prognóstico e risco de recorrência de uma alteração que ocorre na família, auxiliando, assim, na tomada de decisões, tanto de caráter reprodutivo como da forma de tratamento. O alcance e a precisão dos diagnósticos genéticos trazem responsabilidades clínicas, éticas e legais sem precedentes.

O profissional nutricionista auxilia na promoção, manutenção e recuperação da saúde do paciente, interpretando e compreendendo fatores biológicos, sociais, culturais e políticos para criar soluções nutricionais que garantam a saúde em todos os ciclos da vida.

O Centro possui o programa Caif em forma", que tem como objetivo principal o acompanhamento multi/interdisciplinar dos pacientes que apresentam alteração do estado nutricional e/ou transtorno alimentar, proporcionando atendimento individualizado para promoção da saúde.

Os pacientes recém-nascidos são atendidos para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento clínico. São realizadas avaliações físicas, bem como orientações nutricionais conforme a necessidade específica. A alimentação complementar se inicia entre 4 e 6 meses de vida e o profissional nutricionista orienta os pais e/ou cuidadores quanto à maneira correta do primeiro contato com os demais alimentos, facilitando a aceitação alimentar da criança.

A equipe de TSB (Técnica de Saúde Bucal) exerce diversas atividades, a fim de promover um eficaz atendimento no setor de odontologia, entre elas:

  • Acolher o paciente e familiar;
  • Instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas e cirúrgicas;
  • Auxiliar no atendimento com necessidades especiais;
  • Orientar o usuário, acompanhantes e familiares em relação aos cuidados necessários para o atendimento odontológico;
  • Desenvolver em equipe ações de promoção da saúde e prevenção de riscos ambientais e sanitários, visando a melhoria da qualidade de vida da população;
  • Desenvolver em equipe ações de planejamento participativo e avaliação dos serviços de saúde;
  • Organizar o ambiente de trabalho;
  • Desenvolver ações de prevenção e controle de doenças bucais, voltadas para indivíduos, familiares e coletividade;
  • Realizar ações de atendimento clínico odontológico, voltadas para o restabelecimento da saúde conforto, estética e função mastigatória do indivíduo;
  • Atuar no desenvolvimento das atividades de educação permanente;

O serviço de cirurgia bucomaxilofacial foi implantado em 1994.  Inicialmente eram realizadas somente cirurgias ambulatoriais. No momento em que o Hospital do Trabalhador se tornou parceiro do Caif, iniciaram-se também as cirurgias hospitalares. O serviço, atualmente, é formado por uma equipe de 05 cirurgiões buco-maxilo-faciais, além de estagiários e alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado. 

A equipe exerce suas atividades ambulatoriais através de cirurgias menores como extrações dentárias, instalação de implantes dentários osseointegráveis e procedimentos cirúrgicos que auxiliam no tratamento ortodôntico. Além disso, atua a nível hospitalar em reconstrução óssea da região da fissura, através de enxertos, seja da crista ilíaca ou de mento e a cirurgia ortognática, a qual visa à correção do posicionamento dos maxilares para que o paciente tenha uma mordida mais eficiente e uma estética facial mais harmônica.   

É importante ressaltar que o tratamento realizado pela equipe de cirurgia bucomaxilofacial é somente uma das etapas do longo processo de tratamento dos pacientes com fissuras labiopalatinas. O Caif realiza suas atividade de forma interdisciplinar, ou seja, existem diversas áreas da saúde atuando de forma conjunta para proporcionar o melhor tratamento para os pacientes.

O atendimento odontológico é de extrema importância para a reabilitação do paciente portador de deformidade craniofacial. A clínica geral torna apropriada a condição de saúde bucal do paciente para a intervenção das demais especialidades.

A clínica geral é a primeira etapa da reabilitação bucofacial do paciente. É o momento em que as necessidades odontológicas do paciente são observadas, tratadas (as que estão no seu âmbito de atuação) e encaminhadas para as outras especialidades odontológicas necessárias.

Atende pacientes acima de 12 anos e realiza um grande número de procedimentos odontológicos – preventivos e curativos. Restaurações, extrações, profilaxias, aplicações de flúor, exames clínicos e radiológicos para detecção de lesões bucais e orientações sobre saúde bucal.

A endodontia, cujo nome origina-se de “endo” (dentro) e “odonto” (dente) é a especialidade odontológica que previne e cura das enfermidades da polpa dental, ou seja, do tecido mole e vivo que está dentro dos dentes. Também é conhecida por “tratamento de canal”, pelo fato da polpa também estar situada nos canais que naturalmente fazem parte da anatomia das raízes do dentes. Baseia-se na remoção da polpa doente, na limpeza, desinfecção e alargamento dos canais do dente, e seu posterior selamento, quando então o dente retorna a sua condição de saúde. Seu objetivo primordial é a manutenção do dente na cavidade bucal e a saúde dos tecidos vizinhos, como o osso e a gengiva.

O ‘dente doente’, para o qual é indicado o tratamento endodôntico, apresenta a raiz infeccionada, bem como os tecidos vizinhos, principalmente, o osso onde esse dente está situado, podendo lançar bactérias na corrente sanguínea e causando, comumente, dor, inchaço, pus e febre.

As causas mais comuns que levam ao adoecimento da polpa dentária são: cárie, traumas dentários e doenças da gengiva. Algumas necessidades específicas, como a colocação de próteses dentárias, também podem ter indicação de tratamento endodôntico.

Via de regra, os pacientes portadores de deformidades craniofaciais não apresentam diferenciações específicas quanto ao tratamento endodôntico, sendo esse realizado da mesma forma que em outros pacientes. Após a conclusão do tratamento endodôntico, o paciente é encaminhado ao dentista clínico geral ou ao protesista para restauração do dente em questão.

A intervenção odontológica realizada nos primeiros seis meses de vida (acompanhamento bimestral ou trimestral) é adotada como rotina de atendimento no Caif, visando atenção precoce educativa – preventiva. 

Dessa forma, o principal foco está na realização de procedimentos educativos direcionados aos pais e preventivos aplicados nos bebês, através do ensino de manobras de limpeza da cavidade bucal, controle do açúcar, controle da amamentação noturna e a aquisição de hábitos de aplicação precoce de flúor. 

Nossos pacientes apresentam particularidades como:

  • Dentes natais e neonatais adjacentes à fissura, quando essa atinge os rebordos alveolares;
  • Má posição dentária, devido à ausência de osso;
  • Alterações no desenvolvimento dos arcos dentários, devido à presença de anomalias faciais, como por exemplo, a micrognatia (decréscimo unilateral ou bilateral da mandíbula) decorrente da deficiência do crescimento dos côndilos, da paralisação do crescimento condilar por trauma ou infecções ou de disostose mandibulo-facial (Síndrome de Treacher-Collins, Síndrome Pierre Robin, Síndrome Oro-Facial-Digital).

O setor de odontopediatria do Caif trata de pacientes de 0 a 12 anos. Nos casos em que há impossibilidade do atendimento ambulatorial, o tratamento odontológico é realizado em ambiente hospitalar sob anestesia geral.

A ortodontia é a especialidade da odontologia que estuda, previne e trata alterações relacionadas ao crescimento e desenvolvimento craniofacial e oclusal.

Nos casos das deformidades craniofaciais, a ortodontia tem como objetivo proporcionar adequado relacionamento dos dentes (oclusão) e suas bases ósseas (maxila e mandíbula), contribuindo para que haja equilíbrio e harmonia facial, bem como oclusão funcional.

Nos casos de pacientes portadores de fissuras labiopalatinas, esses são avaliados pelo ortodontista, em média, aos seis anos de idade e, no momento oportuno, são preparados para a enxertia óssea. Nos casos com atresia maxilar é realizada a expansão rápida de maxila previamente ao enxerto. Este procedimento evidencia o real tamanho da fissura, contribui para que a enxertia seja mais efetiva na reabilitação da maxila e favorece a irrupção do canino permanente na área.

O setor de periodontia do Caif trabalha em regime de interdisciplinaridade com as demais especialidades, em especial com a ortodontia.

A área de atuação vai desde a manutenção e/ou recuperação da saúde periodontal com procedimentos básicos de profilaxias, técnicas de higiene oral e, principalmente, raspagens supra e sub-gengivais através do uso de aparelhos de ultrassom (procedimentos, particularmente, usados na manutenção dos tratamentos ortodônticos, que em geral, são muito longos, devido à complexidade de nossos casos).

A manutenção periodontal é realizada simultaneamente com a manutenção ortodôntica, para analisar o paciente junto com o ortodontista responsável  e, então, optar pela forma de tratamento mais adequada. Não havendo saúde periodontal, a continuação dos tratamentos ortodônticos torna-se inviável, em função da extensa perda óssea ocasionada, que leva à avulsão dentária.

Nos casos mais avançados, tornam-se necessários procedimentos cirúrgicos, sejam eles curativos, pré-protéticos ou pré-endodônticos. Há também os casos de enxertias, que são definidos com a equipe da cirurgia bucomaxilofacial. Algumas vezes, trabalha-se com a equipe de cirurgia plástica, para evitar infecções na cavidade oral, que possam levar ao cancelamento de cirurgias, principalmente, de lábio e de palato.

O objetivo é sempre oferecer o melhor atendimento aos pacientes com deformidades craniofaciais, minimizando o sofrimento e contribuindo com o incremento da qualidade de vida desses.

Prótese de fala (bulbo)

Dentre as maiores dificuldades que os portadores de fissura lábio-palatina podem enfrentar está o problema na comunicação oral. Isso ocorre devido à falta de divisão física entre as cavidades nasal e oral, decorrente da impossibilidade do colapso do complexo velofaringeano (mobilidade do palato mole contra as paredes laterais e posterior da velofaringe), chamada de inadequação velofaríngea (insuficiência ou incompetência velofaríngea), o que resulta na diminuição da pressão de ar intra-oral e, ou, na ininteligibilidade de fala.

Nesse sentido, se possível, há indicação de ‘palatoplastia secundária’ para a melhora da inadequação velofaríngea, mas em alguns casos a prótese de fala será a reabilitação de escolha. O trabalho com prótese de fala é realizado, muitas vezes, previamente ao procedimento cirúrgico secundário para o palato, para estimulação da função velofaríngea e/ou como suporte para o tratamento fonoterapêutico (possibilitando ‘condição velofaríngea’ mais adequada para o trabalho fonoaudiológico).

A prótese de fala consiste de um aparelho protético removível, que possui uma extensão fixa em direção à faringe (“bulbo”), cuja principal função é atuar dinâmica e funcionalmente com a musculatura da faringe para o controle do fluxo de ar oro-nasal (necessário à ressonância oro-nasal).

Existem, basicamente, 3 tipos de prótese de fala:

  • Elevadoras
  • Obturadoras
  • Associação das duas

A decisão sobre qual tipo de modelo será confeccionado vai depender das condições anatômicas e funcionais do esfíncter velofaringeano e é realizado através da avaliação clínica da Fonoaudiologia, assim como do exame de nasofaringoendoscopia.

Prótese dentária

O serviço disponibiliza próteses dentárias totais e parciais removíveis, próteses fixas, próteses fixas e removíveis sobre implante, dependendo da indicação e do planejamento do tratamento. A reabilitação protética visa restabelecer as funções mastigatórias e fonoaudiológicas; a dimensão vertical de oclusão e a estética. Desse modo, busca-se proporcionar uma melhor qualidade de vida ao portador de deformidade craniofacial, entre elas, as fissuras lábio-palatinas.

O serviço de prótese dentária está direcionado para a reabilitação de pacientes com fissuras lábio-palatinas e outras malformações craniofaciais congênitas. O planejamento do tratamento é realizado de acordo com as necessidades do paciente, a partir de um planejamento multiprofissional levando-se em conta procedimentos de cirurgia plástica, cirurgias bucomaxilofaciais, indicação de implantes osseointegrados, procedimentos ortodôndicos, periodontais, endodônticos, fonoaudiológicos, entre outros.

Ao oftalmologista cabe:

  • Verificar a acuidade visual do paciente
  • Fazer a motilidade ocular para saber se o paciente tem estrabismo
  • Fazer a dilatação ocular para verificar alguma erro refrativo e para realizar o fundo de olho
  • Orientar quanto ao uso do óculos ou colírios quando necessário
  • Orientar sobre procedimentos cirúrgicos quando necessário

Os cuidados com a criança portadora de má-formação craniofacial devem ser iniciados logo após o nascimento.

Desse modo, cabe ao pediatra:

  • Avaliar o estado global de saúde da criança, verificando possíveis associações sindrômicas e, assim, se necessário, encaminhar para atendimento especializado;
  • Orientar pais ou responsáveis sobre aspectos relacionados à puericultura (imunizações, nutrição, crescimento e desenvolvimento); bem como às patologias mais susceptíveis e como evitá-las;
  • Avaliar clinicamente o estado de saúde da criança no pré e pós-operatório.

O Caif possui uma equipe de apoio para a execução dos serviços gerais, o que proporciona um favorável ambiente e uma adequada dinâmica dos trabalhos para os profissionais e demais funcionários.

No Caif o departamento de psicologia acompanha os pacientes e familiares ao longo do tratamento atuando nos seguintes contextos:

  • Acolhimento dos futuros pais: Acompanhamento realizado para futuros pais que, por exames pré-natais, receberam a notícia de um diagnóstico de uma malformação de seu bebê. As famílias são ouvidas quanto aos seus medos, ansiedades e angústias, além de suas dúvidas. Isso ocorre com o objetivo de restabelecer laços afetivos com a criança por vir e de gradativamente se dissipar possíveis sentimentos disfuncionais de culpa.
  • Acolhimento no início do tratamento: Com o objetivo de acolher os pacientes e familiares que vêm pela primeira vez para uma consulta no Centro, são trabalhados aspectos da adaptação familiar à notícia de uma malformação da criança. Com o intuito de desmistificar questões referentes ao diagnóstico e seu tratamento, são esclarecidas dúvidas sobre o tratamento e sobre o desenvolvimento neuropsicomotor esperado da criança.
  • Avaliações periódicas: Com uma atuação voltada à escuta sobre questões relacionadas com cada faixa etária, são feitas avaliações periódicas onde se pondera os níveis de adequação e expectativas com relação à situação atual e futura do paciente. Em casos de inadequação e de demandas específicas, abre-se a possibilidade para atendimento psicoterápico no Caif ou encaminhamento para atendimento na cidade de origem.
  • Acompanhamento psicoterápico: Atendimento oferecido ao paciente e sua família para resolução de conflitos ou crises e para tratamento de eventuais transtornos de adaptação, sendo que sempre será levada em consideração a demanda específica de cada caso.
  • Orientações aos pais: Se nas avaliações periódicas, é observada uma disfuncionalidade no posicionamento dos pais diante de seus filhos, os pais serão orientados a respeito, por exemplo, às vezes pode-se observar permissividade por emoções não elaboradas, como a própria culpa, ou dificuldades em permitir que a criança se desenvolva com tentativas disfuncionais de compensação pelos sofrimentos vivenciados.
  • Orientações às escolas: Com o intuito de ajudar os pais na comunicação com a escola e de ajudar os pacientes a se integrarem ao contexto escolar, são feitos esclarecimentos sobre o tratamento, sobre possíveis dificuldades e sobre questões relacionadas à malformação. Orientamos o corpo docente para exercer papéis informativos diante dos outros alunos, intervindo para melhor integração do paciente.
  • Apoio à equipe: Ao longo do tratamento oferecemos apoio à equipe e aos pacientes em momentos críticos como consultas pré e pós-cirúrgicas, preparos para exames invasivos (nasoendoscopia/laringoscopia) ou apoio no tratamento odontológico.
  • Atendimento hospitalar: Quando há solicitação por parte da equipe do hospital ou dos profissionais do Caif, fazemos atendimento emergencial.
  • Alta: No momento da alta do paciente é realizada uma entrevista como um rito de passagem após longos anos de acompanhamento no serviço. Com o objetivo de marcar essa passagem, o paciente e os familiares são orientados sobre a completa reabilitação e seu desligamento do Centro com as orientações necessárias.

A equipe da recepção realiza:

  • Acolhimento aos pacientes e famílias, casos novos e retornos; 
  • Agendamento de pacientes para consultas; 
  • Atualização de cadastro, atualização e arquivo de prontuários; 
  • Confirmação do código de transação via TFD; 
  • Agendamento de exames audiológicos; 
  • Confirmação de consultas e reagendamentos.

Formas de contato:

  • Telefone: 41 3212-9200 (segunda a sexta, das 8h às 17h)
  • E-mail: caif.ht@sesa.pr.gov.br

O serviço social do Caif integra-se com a equipe multidisciplinar e com o processo de reabilitação dos pacientes, através da:

  • Atuação com as famílias e/ou pacientes enfocando os problemas sociais que possam surgir ou impedir o paciente de ter acesso e dar continuidade ao tratamento;
  • Interação com os integrantes da família do paciente e/ou paciente, para que assumam o compromisso juntamente com os profissionais, para promover e valorizar a pessoa com deformidades craniofaciais, entre as quais estão incluídas as fissuras labiopalatinas;
  • Atuação na equipe interdisciplinar, fornecendo subsídios sobre as condições socioeconômica e cultural familiar de cada paciente, para que o mesmo possa obter um tratamento programado, o mais próximo possível, dentro de sua realidade social.

O assistente social é o profissional qualificado que atua na intervenção investigativa, através da pesquisa e análise da realidade social, atuando na formulação, execução e avaliação de serviços, programas e políticas sociais que visam a preservação, defesa e ampliação dos direitos humanos e da justiça social.

A atuação da Neurocirurgia ocorre em nível ambulatorial e hospitalar, em conjunto com a cirurgia craniofacial, nas malformações em regiões da órbita maxilar e crânio. As indicações para o tratamento neurocirúrgico são para todas as doenças congênitas envolvendo o encéfalo e medula espinhal, bem como deformidades esqueléticas do crânio, face e coluna vertebral. Assim, incluem-se no tratamento neurocirúrgico:

  • Espinha bífida, mielomeningocele, medula presa;
  • Encefalocele, cisto aracnóide, hidrocefalia congênita;
  • Craniossinostose;
  • Disostose craniofacial;
  • Hipertelorismo;
  • Displasia fibrosa;
  • Neoplasia crânio-encéfalo-facial: neurofibromatose e hemangioma.