O maior pronto-socorro público do Paraná completa 19 anos nesta quinta-feira (29). Durante o período, foram mais de 4 milhões de atendimentos de urgência e emergência para Curitiba e região metropolitana. Localizado no bairro Novo Mundo, o Hospital do Trabalhador (HT) tem uma média de 630 atendimentos por dia e mais de 230 mil atendimentos por ano. Neste ano, o hospital também completa 70 anos de existência.

“Temos orgulho desta instituição que se tornou o maior pronto-socorro público do Estado. Esse é um importante hospital não só do Paraná, mas é referência em trauma para todo o Brasil e isso, primordialmente, graças aos grandes profissionais que trabalham aqui”, salienta o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.

Para funcionar, o pronto-socorro conta com a força de trabalho de aproximadamente 60 funcionários por turno, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, recepcionistas e outros. Além dos pacientes que chegam por demanda espontânea, o Hospital do Trabalhador também recebe cerca de 30 ambulâncias do Samu e Siate diariamente.

“Isso tudo foi construído e chegou onde está graças ao trabalho de vários profissionais. Grandes nomes passaram ou ainda estão por aqui, trazendo reconhecimento e colaborando para que o hospital possa oferecer um serviço cada vez melhor, com mais qualidade e mais credibilidade”, afirma o diretor-geral do HT, Geci Labres de Souza Júnior.

HISTÓRIA – No início desta história, em 29 de junho de 1998, Marilise Brandão era a diretora-geral do hospital, que naquele momento era chamado Hospital Geral do Portão. A médica participou da implantação de um pronto-socorro de trauma na instituição que realizava apenas atendimentos de infectologia e maternidade.

“A região sul de Curitiba precisava de um serviço de urgência e emergência, focado principalmente no atendimento de trauma em acidentes de trabalho e nas grandes rodovias do entorno. A necessidade era tanta, que me lembro dos profissionais do Siate falando que estariam com a ambulância na esquina e assim que a cerimônia de inauguração acabasse já levariam nosso primeiro paciente”, relembra Marilise.

Para a implantação foi necessária a contratação de novas equipes e o espaço teve que ser totalmente readequado com reformas no local onde ficariam as UTIs, os centros cirúrgicos também foram modificados, a área de emergência foi ampliada e foram instalados um tomógrafo e aparelhos de raio-X.

CRESCIMENTO – A história profissional da enfermeira Ozeli Chagas, que hoje é coordenadora do Trauma, aconteceu no Hospital do Trabalhador. A ex-empregada doméstica fez o curso de auxiliar de enfermagem e, em 2002, teve a primeira oportunidade de emprego na instituição, mais especificamente no pronto-socorro.

Após dois anos na profissão que sempre sonhou, Ozeli resolveu dar um passo a mais e se matriculou na faculdade de enfermagem. Formou-se em 2008, conseguiu uma vaga de enfermeira e em menos de um ano já foi convidada a coordenar a área do Trauma.

“O Hospital do Trabalhador um dia acreditou em mim. Sou muito grata a essa primeira oportunidade que tive para realizar meu sonho que sempre foi ser enfermeira e poder cuidar das pessoas. Fui reconhecida, me sinto realizada e o HT faz parte disso”, conta a enfermeira.

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