A Equipe da Divisão de Operações Aéreas da Polícia Rodoviária Federal - Base PR esteve na quinta-feira (07) no Hospital do Trabalhador para reforçar as orientações e procedimentos aos profissionais da saúde sobre o recebimento seguro de vítimas de acidentes graves trazidas pelo serviço aeromédico.

O operador de equipamentos especiais da PRF, Fábio Teodoro de Souza, ressaltou logo no início do encontro que a instrução, o conhecimento e a divulgação são cruciais para a segurança dos profissionais envolvidos no atendimento e, para a própria vítima. “O recebimento é simples, mas sem instrução nós corremos o risco de cometer alguma falha, algum incidente ou acidente. Todo o procedimento é realizado com o helicóptero acionado, logo, a segurança de todos é prioridade”, destacou.

Com abordagem teórica e prática foram repassadas as orientações de aproximação da equipe de saúde à aeronave, do posicionamento desta quando pousada, do contato visual com a tripulação, do embarque e desembarque da vítima de acidente, das características do helicóptero, do uso de EPI (equipamento de proteção individual), da concentração e tranquilidade durante o procedimento e da utilização de macas e outros equipamentos hospitalares no heliponto.

A enfermeira e representante do Colegiado de Desenvolvimento Humano do HT, Elza Aparecida Hoffer Viríssimo, comenta sobre a importância do treinamento. “Prezamos em oferecer um atendimento com qualidade e esta oportunidade proporcionada pela PRF capacita ainda mais a nossa equipe, o que beneficia diretamente o paciente em situação de risco.”


Garantindo a segurança

A orientação mais enfatizada durante o treinamento está relacionada com a movimentação da equipe hospitalar no heliponto com a aeronave pousada. “A aproximação e o distanciamento nunca devem ser feitos pela cauda, mas sim, pela parte frontal (proa) do helicóptero, com o corpo levemente inclinado para frente, seguindo as instruções da tripulação”, reforçou o operador Fábio.

O perigo está no rotor de cauda da aeronave que, comparado ao rotor principal (hélices superiores), tem uma rotação maior, um tamanho menor e uma posição diferenciada, características que dificultam a sua visualização quando acionado, oferecendo risco de acidente fatal para um indivíduo sem instrução e/ou desatento.


Equipes

A equipe aeromédica da PRF responsável pelo treinamento no HT estava composta pelo enfermeiro Márcio Metze Weinhardt, o médico Gleicon Rosa, o piloto André Galdino e os operadores de equipamentos especiais Fábio Teodoro de Souza e Leonel Yin Weng. Participaram da capacitação a equipe de enfermagem do pronto socorro e sua coordenação, além dos técnicos de segurança do trabalho do HT.


Agilidade e suporte

Referência no atendimento ao trauma em Curitiba e Região Metropolitana, o Hospital do Trabalhador já recebeu mais de 500 pacientes trazidos pelo resgate aeromédico desde a inauguração de seu heliponto elevado, em junho de 2010. Estes serviços agilizam o atendimento a vítimas graves, da remoção do local do acidente até a chegada ao hospital, quando são desembarcadas da aeronave e conduzidas por elevador ao piso térreo, saindo em frente ao centro cirúrgico.

O Serviço Aeromédico de Urgência no Brasil opera com um convênio entre o Departamento de Polícia Rodoviária Federal - DPRF e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU. A equipe da Divisão de Operações Aéreas da Base-PR realizou mais de 3.000 operações de resgate desde sua implantação em 2007.