Pacientes do Hospital do Trabalhador recebem a visita do Papai Noel 17/12/2019 - 12:00

Brinquedos, sorrisos, esperança e, claro, Papai Noel. Foi assim o dia de cerca de 400 crianças que passam por tratamento no ambulatório e na pediatria do Hospital do Trabalhador (HT) e também no Caif (Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio-Palatal), em Curitiba nesta segunda-feira (16).

A festa, que já é uma tradição no hospital desde 2011, foi organizada pela gerência de Relacionamento com a Comunidade do HT, e foi possível com a ajuda da sociedade, que realizou a doação de brinquedos, balas e doces.

“Fizemos uma árvore com bilhetinhos de sugestões de presentes, e funcionários do hospital, voluntários e as pessoas da comunidade puderam ajudar. É muito gratificante, pois são crianças que sofreram algum tipo de trauma ou já nasceram com uma deficiência. Ver a alegria ao receber um simples gesto de carinho como este é muito emocionante”, conta Maria Cecília Cordeiro, gerente de Relacionamento com a Comunidade do HT.

O diretor-geral do Complexo Hospitalar do Trabalhador, Geci Labres de Souza Junior, revela que ações como esta desfazem a ideia de que o hospital é um ambiente apenas de dor. “O hospital é um lugar cercado de medos e receios, atitudes como esta evitam que as crianças saiam daqui com o trauma psicológico que o hospital pode causar. No fim do ano as pessoas estão mais emotivas, então é muito importante promover esse tipo de ação para que essas crianças sintam-se acolhidas”.

O Danilo Gonçalves de Oliveira, de três anos, nasceu com uma deformidade nos pés e desde então realiza o tratamento no HT. “Essa ação é maravilhosa, o Danilo, muitas vezes, por conta do tratamento e do gesso, fica triste. É uma rotina cansativa estar sempre no hospital, mas hoje ele ficou feliz em ver o Papai Noel e receber um presente”, conta a mãe Thaís Lemes da Silva.

José Ângelo Flores é Papai Noel voluntário há 30 anos e conta que a energia trocada com as crianças é o que o move o ano todo. “Quando as crianças vêem o Papai Noel, a dor passa, o medo passa. Essa magia deve ser levada para o ano todo. O Papai Noel vem, aparece, faz a festa e vai embora. Mas o que fica é esse sentimento, essa alegria, o alívio da dor e a recuperação que eles passam a ter, sou muito grato por ter a oportunidade de fazer a diferença na vida dessas crianças” disse.

VOLUNTÁRIOS – Na semana passada, o grupo voluntário “Bonecando” também esteve no HT fazendo a distribuição de bolas, carrinhos e cerca de 200 bonecas de pano que são confeccionadas durante o ano todo.

Iria Zanetti, de 68 anos é a criadora do grupo e conta como começou o projeto de fazer as bonecas. “Quando minha filha tinha apenas seis anos ela precisou ficar internada justamente nesta época de Natal e ganhou uma bonequinha. Ela ficou tão feliz que houve uma melhora no quadro clínico que possibilitou a nossa ida para casa. Depois disso eu percebi a importância dessa iniciativa tão simples, dos benefícios e da alegria que isso pode trazer a uma criança”, comentou.

Zanetti, que ainda se emociona ao lembrar do bem que recebeu naquele dia, comenta da satisfação que é hoje estar do outro lado e poder levar alegria e conforto para quem precisa. “Quem mais ganha com isso não são as crianças somos nós. É muito gratificante ver o sorriso, a emoção de cada criança ao receber o presentinho, um simples gesto para nós, que para elas significa muito”, finalizou.

Sua filha, Juliana Cristina Zaneti Pereira, hoje com 36 anos, participa desde a confecção das bonecas até a distribuição no fim de ano. Ela lembra com emoção de quando recebeu o presente. “Naquele dia eu fui para casa mais cedo, porque me senti melhor, em casa eu não desgrudava um minuto da boneca e até hoje eu não esqueço nem da bonequinha e nem da minha alegria ao receber o presente”.

Além da distribuição de presentes, o hospital também contou com a apresentação dos palhaços, que levaram alegria e descontração para as crianças que esperavam por atendimento. “É muito gratificante poder trazer a alegria do circo para dentro do hospital, um ambiente que é muitas vezes de dor. Isso não tem preço, é um sentimento inexplicável”, disse o palhaço Chingolito, Thiago Inácio Ugaldi.

Fonte: SESA

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