Novembro Roxo lembra a importância do cuidado na gravidez para evitar a prematuridade 27/11/2020 - 16:58
Os cuidados no período gestacional são essenciais para a mulher e também para o bebê. Entre situações que podem ser evitadas ou minimizadas está o nascimento da criança antes de completar o período completo de gravidez. Caso algo ocorra no período gestacional, o bebê poderá nascer antes do tempo, ou seja, prematuro. No mês de novembro o Ministério da Saúde celebra o Novembro Roxo, o mês de prevenção da prematuridade.
No Paraná, entre os 118.875 nascidos vivos, 12.990 nasceram com 37 semanas ou menos tempo. Isso representa 10,93% de todos os nascimentos entre 1º de janeiro e 12 de novembro de 2020.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, lembra que o cuidado à gestante e ao seu bebê deve ser constante e a longo prazo. “O combate à prematuridade da gestação é uma de um dever da secretaria do estaduais e municipais de saúde. Nos últimos dois anos intensificamos ações de apoio na área materno-infantil, mas os números ainda nos assustam, queremos reduzir muito os nascimentos precoces.”
Para o coordenador dos Serviços de Neonatologia da Maternidade do Hospital do Trabalhador, Carlos Frederico Oldenburg Neto, o cuidado desse bebê é amplo, delicado e demanda comprometimento dos profissionais. “Quando um bebê nasce antes do tempo previsto, ele vai precisar de cuidados extras. O principal determinante do tempo de internação é com quantas semanas ele nasceu. Com 23 ou 24 semanas, os bebês são extremamente prematuros e o tempo no hospital é mais prolongado”, explica o médico pediatra.
“E durante o internamento, o paciente pode precisar de mais tempo com cuidados porque podem surgir complicações da prematuridade, como alguma doença pulmonar que faz com que a criança dependa por longos períodos de receber oxigênio por exemplo, alguma lesão neurológica e dependência, não consiga se alimentar adequadamente, tudo isso pode aumentar determinadamente o tempo no hospital”, detalha o coordenador.
De acordo com o Ministério da Saúde, em todo o Brasil aproximadamente 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o que equivale a 931 por dia ou a 6 nascimentos pré-termo a cada 10 minutos. Os prematuros ou prematuros extremos necessitam de atendimento por equipes multiprofissionais com enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos.
Para os profissionais, o envolvimento e acolhimento ao bebê é essencial. “A equipe profissional tem um comprometimento muito grande. Todos são muito importantes. Nos reunimos com profissionais de todas as especialidades e conversamos muito sobre cada paciente. Discutimos todos os casos nos aspectos médicos, mas também os aspectos emocionais os aspectos sociais que são importantes para esses bebês”, disse o médico Carlos que tem a formação em medicina intensivista e neonatal.
HOMENAGEM - As equipes multiprofissionais das unidades de cuidados intermediários neonatal (Ucin) e Uti Neonatal do Complexo Hospitalar do Trabalhador, prepararam uma homenagem aos pais dos prematuros em tratamento na instituição. Os leitos das unidades foram decorados com balões roxos com fotos dos bebês, em referência ao Dia Internacional da Prematuridade, dia 17 de novembro. As famílias receberam uma lembrança personalizada do Hospital. O Comitê de Humanização do CHT registrou em sessões de fotos o trabalho assistencial da neonatologia, com imagens das equipes e dos pequenos pacientes.
De acordo com o coordenador da Neonatologia do CHT, é uma mistura de emoções o cuidado, acompanhamento e a alta desses pacientes. “Quando a gente consegue dar alta para um desses, é uma alegria. Mas como criamos o vínculo maior com as mães de com os bebês, pela intensidade do internamento, cada despedida dessas é uma vitória nossa também. A gente se emociona e fica feliz e quase com saudade ao mesmo tempo” completou o pediatra.
CUIDADOS – A Sesa tem trabalhado para que o período de gravidez ocorra de forma saudável para a gestante assim como para o bebê. Entre tantos fatores a atuar na vida da mulher, a secretaria estadual atua também para identificar e classificar o risco das gestantes por uma série de critérios que envolvem idade, doenças preexistentes, condição e situação de vulnerabilidade.
Uma das linhas de atuação é voltada para identificar as doenças que esta futura mãe já possui, tratar e acompanhar o que for possível. “Entre os fatores que sabemos que contribuem para a prematuridade sabemos de agravantes do processo de gestação como por exemplo sífilis. Trabalhamos para diagnosticar as doenças ativas e simples para que nós tenhamos a possibilidade de diminuir os números, diminuir a prematuridade”, comenta o secretário.
Fonte: Sesa